A Due Diligence tem por objetivo trazer maior segurança jurídica nas negociações imobiliárias, com análise aprofundada em toda a documentação do imóvel e dos negociantes.
Contudo, caso optem os negociantes em não realizar a Due Diligence, quais riscos correrão?
Bem, pode ser que o imóvel esteja regular e os negociantes não tenham nenhuma dívida judicial ou extrajudicial capaz de macular a negociação realizada. Se for assim, muito provável que não tenham qualquer risco futuro, o que é excelente.
Contudo, pode ser que a ausência de uma análise de risco traga sérios prejuízos. Isso porque muitos imóveis não estão regulares, ou seja, não estão com todas as informações em sua matrícula, o que já é um grande problema, pois o comprador não terá conhecimento de eventual risco futuro que possa acarretar a perda do imóvel.
Muitas vezes o vendedor (ou o comprador) possui ações judiciais cobrando débitos, que podem até não ser do imóvel objeto da negociação. Porém, em casos de execução, os bens desse devedor serão buscados e penhorados para saldar a dívida, colocando em risco a compra.
Ainda que falte a informação sobre a ação na matrícula do imóvel, é ônus do comprador tomar todas as precauções antes de adquirir, sendo que se não comprovada sua boa-fé, pode vir a perder o imóvel por fraude à execução. Caso já tenha pagado o preço do bem, terá que ir atrás do vendedor para ser restituído, o que muitas vezes pode ser ineficaz, já que se ele perdeu o imóvel para saldar uma dívida, muito provável que não tenha meios de pagar o que recebeu pelo imóvel.
Esse é um dos exemplos mais clássicos nos riscos de não se fazer uma Due Diligence antes de negociar um bem imóvel, mas existem ainda outros riscos, como a fraude contra credores.
Ao realizar um negócio jurídico, tome todas as cautelas necessárias para que não tenha problemas futuros. Não deixe de realizar uma Due Diligence com um profissional especializado.